quarta-feira, 28 de maio de 2014

Hall

Boa tarde!

Tenho visto que algumas bloggers mostram as suas casas nos seus respectivos blogs, facto que eu muito aprecio, é uma óptima forma de tirar ideias e testar esquemas. Lembro-me que houve uma altura em que eu precisava de criar um ponto extra de iluminação na casa de jantar mas não sabia como haveria de fazê-lo. Então vi, num blog que gosto, um candeeiro de pé muito giro, identifiquei-o como sendo da loja x e nesse mesmo dia fui comprar um para mim. Eu chegaria lá sozinha mas "copiando" a ideia poupei tempo e resolvi o meu problema!

Este bla bla bla para vos dizer que hoje apeteceu-me mostrar-vos um bocadinho da minha casa. Estava sentada no sofá a pensar o que é que haveria de mostrar (ou o que é que não estava desarrumado, que pudesse mostrar!) e resolvi começar pelo principio, que é o hall. O hall é o principio da casa, não é? É o primeiro impacto.

São fotos de qualidade de trazer por casa, a minha bela máquina não é má mas está longe de ser profissional.

Aqui vai:


Este candeeiro é antiquissimo, pertencia à minha bisavó; conheço-o desde que nasci mas foi só à cerca de um ano que o vi realmente e pedi-o logo para mim!

Este espelho é tão antigo que parte do espelho está oxidado, o que só lhe confere ainda mais charme!



Este banquinho foi herdado; substituí-lhe o tecido, que estava em péssimo estado de tão velho, por este em "zebra" cinzento e branco

Todas as portas da casa são espelhadas, o que eu gosto muito, mas torna-me dificil a tarefa de tirar fotos sem aparecer reflectida!











Parece um espaço escuro porque tinha as portas que dão para a sala fechadas (o tal espaço que estava desarrumado e impróprio para mostrar) mas normalmente as portas estão abertas e o hall é cheio de luz natural. 
Não é um hall muito grande mas também não é pequeno, porém acaba por ser um pouco limitado, já que tendo três paredes ocupadas por portas, sobra somente uma parede para poder ocupar.

Tenho que destacar algumas peças, as que eu mais gosto, que são o espelho em folha de ouro, originalmente pertencia à avó do meu pai e que depois de muito o pedir a minha mãe resolveu dar-mo; e o tapete em pied poule preto e branco, já com alguns anos, da Area. 
Também gosto muito da reprodução de um quadro de August Macke, pintor alemão do início do séc.XX, com os papagaios; e a consola de estilo oriental da Loja do Gato Preto.

Por hoje é isto!
Espero que gostem!

Até amanhã!
Maria Arie

terça-feira, 27 de maio de 2014

É mesmo isto. É que é mesmo isto!

Bom dia!
Uma casa bonita logo pela manhã é uma injecção de boa disposição. E mesmo que o dia não venha a correr assim tão bem, basta-me rever as imagens que me encantaram para ficar melhor!

Esta casa, em Nova Iorque, projectada pelos arquitectos Luiz Bick e William Simonato, tem tudo o que eu gosto: as cores preto, branco e cinza, riscas, plantas altas e buchos, arte, corais, lustres, mobiliário clássico bem misturado com algumas peças mais modernas, chão em madeira espinhada, espelhos. 
Vejam:


Em cima da lareira, desenho de Françoise Gilot, uma das mulheres de Picasso













via Casa Vogue

Uma injecção de boa disposição, certo?

Até amanhã!
Maria Arie

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Quão escuro é muito escuro?


Estas duas fotos de uma sala de estar não são nada o que eu tipicamente gosto mas, estranhamente, assim que as vi adorei-as. 
Esta sala é muito escura, tanto nas paredes como no mobiliário, tons que eu nunca praticaria na minha própria sala. Mas aqui, via foto, resultou e eu gostei! 

Bom fim de semana!
Maria Arié

terça-feira, 20 de maio de 2014

A decoração facial: narizes

Bom dia!
 
Ontem à noite fui buscar os Globos de Ouro às gravações automáticas.
Muito haveria a dizer sobre o evento, de um ponto de vista "profissional", de quem estudou organização de eventos. Mas vou abster-me de dizer o quanto achei a gala mal conseguida. Uups. Pronto, afinal já disse!
 
Foi um flop total. Uma organização péssima, os apresentadores uma desgraça, poucos tiveram o à vontade e jeito para se dirigirem às câmaras, poucos levantaram os olhos dos papéis, poucos conseguiram ter graça. É tudo forçado e desorganizado. E aqueles momentos de humor... no comments...
 
 
Podia falar das fatiotas. Houve vestidos muito bonitos e outros que não lembram a ninguém, aliás, como sempre acontece.
 
Mas o que me apetece mesmo vir aqui comentar é o nariz da Iva Domingues.
 
A Iva Domingues é uma apresentadora engraçada. Não é linda mas também não é feia. Acima de tudo, tem carisma. Ora ontem ao vê-la na televisão, não a reconheci. A Iva deixou de ser a Iva e é agora uma outra cara que não reconhecemos como sendo a Iva. Operou o nariz, é óbvio. Eu tenho olho clínico para reconhecer narizes operados mas este é demasiadamente óbvio, tão óbvio que a tornou noutra pessoa.
 
O objectivo de uma plástica é corrigir e melhorar pequenas características que não gostamos de ver em nós. Para mim, não passa por nos tornar pessoas com um aspecto tão diferente.
 
Não tenho nada contra plásticas, eu também já operei o meu nariz, aos 18 anos. Mas a minha cara não mudou, nem a minha expressão. Continuo a mesma, apenas fiz uma correcção de algo que eu não gostava. Quem não soube da operação, também não a notou. Havia pessoas que me diziam notar qualquer coisa diferente e geralmente achavam que era o cabelo. Isto é o objectivo da plástica.
 
 
A operação da Iva pode ter-lhe dado um nariz mais bonito, mais afilado e arrebitado, mas deu-lhe também uma expressão nova, à qual ainda vamos ter que nos habituar.
Ora isto não teria relevância nenhuma num anónimo. Mas os apresentadores vivem da sua imagem. Aliás, antes de darem provas se são bons profissionais, passam pelo escrutínio físico. Uma cara tão conhecida e tão popular não deveria sofrer uma alteração tão grande, sob o risco de se perder a empatia criada com o público que a acompanha há anos.
 
Apesar de ter andado a pesquisar, ainda não encontrei nenhum comentário da própria ou de outros, seja em blogs ou na imprensa, sobre esta mudança. Não sei se ela será mais uma a usar o argumento "respiro mal" para justificar a operação. Esse é o argumento preferido de toda a gente que opera o nariz, pouca gente tem coragem de admitir que mudou porque queria mudar, porque não estava satisfeita com o antigo nariz. Eu respiro tão mal agora como antes, essa não foi a minha motivação. Eu não gostava do meu nariz, depois que foi partido por uma bola de basket numa aula de educação física na escola secundária. Odiava-o, achava-o nariz de papagaio porque fiquei com o osso da cana saliente e torto. Também respirava mal, é um facto, mas isso era secundário. E continuo a respirar mal; é a diferença de se ser operado por um otorrinolaringologista ou por um cirurgião plástico. Eu fui por um cirurgião plástico, que me deu um nariz lindo mas que não me melhorou em nada a questão da respiração.
 
Quanto à Iva... claramente tem um nariz mais bonito agora mas no conjunto, apesar de uma expressão completamente diferente, não se pode dizer que esteja mais bonita. Nem mais feia. Está na mesma, apenas com uma outra cara. E não sei se isso quererá dizer que a operação por que passou foi bem sucedida...
 

 

terça-feira, 13 de maio de 2014

In the middle

Muitas vezes digo que sou "clássica" ou "vitoriana"; "vitoriana" é com certeza uma hipérbole mas transmite claramente a ideia de que não gosto de casas vazias nem demasiadamente modernas. 
Não sigo o culto do design, são poucas as peças modernaças que eu aprecio. Mas também não gosto de casas a abarrotar, cheias de móveis pesados e brocados. Sou uma perfeita mistura entre o clássico e o moderno, misturados. Nem só de um nem só de outro.

Um bom exemplo é esta casa que se segue, projectada e decorada pelo espanhol Luis Puerta, que fica nos arredores de Madrid.
Há aqui uma clara mistura de elementos antigos com elementos modernos e que resultam na perfeição:











Até amanhã!
Maria Arie

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Inspiração branca

Simples, leve, espaçosa, clara e arejada...
Assim  é esta casa que hoje me encantou. Fica em Atlanta e eu gostei muito dela!










 
via Veranda

Até amanhã!
Maria Arie

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Israel

A decoração é uma grande paixão que tenho mas não é a única. Outra das minhas grandes paixões é viajar. Tenho a imensa sorte de já ter viajado bastante. Cada bocadinho de mundo que vi contribuiu muito para a formação daquilo que sou. E a minha consciência histórica também, que sou um produto do meio e das tradições passadas de geração em geração.

Esta semana comemora-se o 66º ano da consagração do Estado de Israel e, mesmo não tendo escrito isto no próprio dia, não posso deixar passar esta data tão importante em branco. 
Dia 6 de Maio de 1948 cumpriu-se o sonho da criação, oficial, de Israel enquanto Estado soberano e independente, depois de anos de negociações com as Nações Unidas e de uma série de manobras políticas. 
A criação de Israel, como quase toda a sua história, não foi pacífica mas foi motivo de grande felicidade para milhões de pessoas no mundo inteiro. E de ódio para outros tantos milhões mas de ódios não vale a pena falar., não contribuem em nada para a felicidade e o bom desenvolvimento dos povos.

Israel é um país fantástico, que já conheço muito bem. Já estive de norte a sul, vi cidades modernas e cidades antigas e em ruínas, vi mares e deserto, vi tanta gente bonita e de bem com a vida. Os israelitas são dos povos mais felizes do mundo, mesmo vivendo constantemente em situações de perigo. Mas esse perigo não os define nem os condiciona. Pioneiros numa série de áreas das ciências, criadores imbatíveis, um dos países com o maior número de prémios Nobel atribuídos. 

Se para muitos Israel é Jerusalém, para mim Israel é o Neguev. O deserto. 
E hoje apetece-me mostrar-vos o Neguev, porque acredito que a maioria dos portugueses nunca lá esteve ou pensa sequer estar.




Eu há anos atrás, com 22 anos (e completamente descabelada) depois de mais uma noite a acampar no deserto






Fronteira com o Egipto

Sendo eu uma pessoa que gosta muito de coisas bonitas, várias vezes perguntam-me porque gosto tanto do deserto. É que consigo encontrar aqui uma beleza única que não vemos igual muitas vezes. O Neguev tem o céu mais bonito do mundo, cheio de estrelas cadentes. Não é o deserto comum, de areia, como o Sahara. É rochoso e muitíssimo árido. Escalar aqui e caminhar é extremamente difícil e eu fi-lo, desde o seu início em Bersheba até ao sul em Eilat. A pé, durante semanas, de mochila às costas. De noite acampava, sem tenda, apenas saco cama e fogueira, para afastar os animais. Aqui não há conforto, não há casas de banho. Há paz e introspecção. E isso é tanto...

Bom fim de semana!
Maria Arie